Thursday, April 13, 2006

um dia de sol

Acordo com o sol esbofeteando meu rosto
Viro a outra face e reencontro meu sono
Passeio por paisagen mirabolosas
Vivendo situações insensatas
Até que o cão dê um novo latido
E eu desista de minha impotência horizontal.

Procuro a mais antiga invenção
Agora em formato padronizado
e com faíscas de revolta
faço meu café da manhã esfumaçar

É um dia de sol, isso é bom
Pelo menos me agrada a cor azul
Um afago pra quem odeia
a gritaria dessas crianças
e a conversa exagerada das tecelãs.

Reencontro a velha agonia
sentada no sofá, como ontem
tento enganá-la com promessas e números que correm
e outro dia escorre na espera de amanhã

Destempero hormonal que me fragiliza
Hoje tenho você por culpado
Com rituais incompreensíveis e palavras tolas
passarei mais uma noite acordada.

É bem mais simples do que parece.