Dialética de um quase
Sento em minha mesa de trabalho
e percebo o quanto me dilacero
me ultrajo, me venero
pela perfeição
Com um tossir quase doentio
Recordo-me de poetas românticos
que repassavam aos pulmões
as dores do coração
Passo os olhos em Foucault
e reparo como por um fio
meu olhar frio e vazio
hoje escapa da internação
Recorro ao maço de cigarro
e vejo sumir em espirais
meus exagerados carnavais
pela presença de um não
Não sou eu, não é você, não é ninguém
O que não se sabe também enrola a garganta
amarrota, petrifica e encanta
num ruidoso espetáculo que não convém
Você sabia disso, não sabia meu bem?
e percebo o quanto me dilacero
me ultrajo, me venero
pela perfeição
Com um tossir quase doentio
Recordo-me de poetas românticos
que repassavam aos pulmões
as dores do coração
Passo os olhos em Foucault
e reparo como por um fio
meu olhar frio e vazio
hoje escapa da internação
Recorro ao maço de cigarro
e vejo sumir em espirais
meus exagerados carnavais
pela presença de um não
Não sou eu, não é você, não é ninguém
O que não se sabe também enrola a garganta
amarrota, petrifica e encanta
num ruidoso espetáculo que não convém
Você sabia disso, não sabia meu bem?
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